segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Entre mortos e feridos...

Devo confessar que os últimos dias na alquimia "dificultosa" de cozinhar não têm sido fáceis. Tentei adaptar a receita de cupcake de açaí, pondo alfarroba e as farinhas de uva e laranja que trouxe da zona cerealista, mas tudo que consegui foi um doce "bonitinho mas ordinário" (juro que tinha fotografado, mas a imagem foi tragada pelo buraco negro do meu computador). Ainda bem que prometi uma surpresa do meu niver para as amigas, mas não arrisquei fazê-las experimentar e elas esqueceram, ficando o dito pelo não dito... Foi uma temporada de desastres antes de acabar meu inferno astral: tentei cozinhar o feijão azuki, que tinham me dito não ter gosto de feijão (é, não fiz as pazes com ele desde a infância comendo obrigada), mas queimei e tive que acender muito incenso para me livrar do cheiro aqui em casa. Para fechar com chave de ouro tentei fazer a receita de queijo com tremoço do VegVida e que vontade de chorar com o gosto de levedo de cerveja...
Aprendizados (já óbvios para iniciados de longa data em culinária, mas para quem está na brincadeira há 6 meses, são conclusões significativas): se não for Phd em panela como minha tia Rita do interior que explica tudo com "coloque um pouco", não reinvente uma receita detalhadíssima; jamais cozinhe em fogo alto, mesmo quando ele está desregulado e você costuma levar o dobro de tempo que as receitas recomendam (tomar banho com panela no fogo, nem sob tortura) e há certos produtos "vegano advanced", que é melhor comprar do que arriscar em casa (como o tal queijo, pelo menos foi minha experiência não com o de macadâmia, que é feito pelo pessoal do mesmo site).
Agora em minha versão semi nova já fiz caneloni de berinjela (sem foto pois era comida "à prova de retardado", comprada pronta para encarar um forno, diretamente da zona cerealista) e hoje fiz cuscuz com legumes (faz tempo que minha prima falou de me ensinar, mas encontrei um semi pronto na rua Mercúrio ou Santa Rosa, não sei ao certo e é a segunda vez que ele sai "glória, glória aleluia").
Depois de meses tentando contar com minha memória e ficando na mão (tenho facilidade só com nomes, mas receitas envolvem números, meu ponto fraco), adotei o saudável hábito de deixar um caderninho na cozinha para anotar depois que deu certo os detalhes (isso também começou depois que acertei o pão, mas como fiz junto com patê de tomate seco, agora misturo e confundo os detalhes de um com o outro e não sei se conseguirei algum dia repetir a façanha...). Neste caso do cuscuz... Foram 250 gramas deste produto já semi pronto (a marca Divella achei lá na zona cerealista), uma colher de chá de gersal, salsa, manejricão, curry, alho granulado, zathar e coentro (dão 7, uma de cada), meia dúzia de fatias de cenoura, abobrinha, tomate e berinjela (somam 24, são 6 de cada), uma colher de sopa de quinua, amaranto e semente de girassol (totalizam três, pois usei uma de cada), uma folha de louro, uma colher de sopa de azeite, duas colheres de sopa de palmito, duas colheres de sobremesa de alcaparra, um fio de shoyo e uma colher de sopa de azeitona. Cobri com água e deixei uns dez minutos no fogo baixo. Como o prato ficou colorido, acho que acertei no que os nutricionistas recomendam. Desta vez não ficou nem com "sabor suave" (jeito educado de dizer sem gosto) e nem "gosto marcante" (forma enviesada de classificar quando fica forte demais). Pela primeira vez prestei atenção de a cada ingrediente por um tempero a mais. E tomando um vinhozinho ao som de Queen, só podia comer gemendo no final!

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