sábado, 23 de fevereiro de 2013

Comilança natureba dos últimos tempos

Passei a semana comendo lasanha vegana: até a massa fiz! Misturei sob orientação de algum blog veg uma xícara de farinha integral, uma colher de azeite e um copo de água batida com manjericão. Mas como a receita dizia para eu misturar até ficar grudando e ela estava muito líquida, liguei para as tias e segui a do Paraná: misturei farinha de rosca para dar liga. Depois polvilhei o balcãozinho da mesa com farinha de mandioca tentando evitar o grude, abri a massa com garrafa de vinho (ah, que beleza, ontem minha mãe virginiana passou aqui querendo fazer o rapa e jogou fora meu pau de massa improvisado), coloquei para cozinhar na água em fogo baixo (dica da tia de Santo André, segundo a qual, os japoneses também fazem assim) e ah! Coloquei tempero de ervas finas também. Ficou trocentos anos cozinhando, mas deve ser este catzo de fogão desregulado. Noutra panela fui mirabolar um molho maluco com tomate, zathar, pimenta rosa, cominho, alecrim, shoyo, mostarda, pó de chá de chai que sem água vira tempero por conta do gengibre, canela, cardamomo, alho granulado, abobrinha, enfim, uma verdadeira santa ceia. Cem anos depois forrei a assadeira com a manteiga indiana, coloquei um pouco do molho "de um tudo", a 1a leva de massa (aparentemente elas não foram suficientes, mas acho que não consegui abrir muito e ficaram grossas), brócolis e... seria rúcula ou agrião? Sempre confundo, embora a amiga de fé, irmã camarada brigue dizendo que têm gostos diferentes. Mais massa, mais folhas verdes escuras pra repor ferro e cálcio e como o molho não deu conta, bati o agrião ou rúcula com azeite e manjericão, só que antes de cobrir completei uns cantos da forma que faltavam com palmito, Sabor a Mi azeite e ervas e cobri tudo com o pesto. Faz uns seis dias que como ela e até levei de marmita para os dias em que trabalhei e estudei na rua por longos períodos. Milagrosamente não enjoei, cada mordida tem uma overdose de tempero diferente. Mas como estou em processo de cura do meu feminino por conta do perdão do meu pai, admito que ele tem razão, tem mais tempero que comida, pois ainda acho uó parar o que faço para comer, então disfarço bem que tem comida com a "temperaida" toda. É uma judiaria não tem quem experimente, mas paciência foi uma semana "vida louca, vidaaa! Vida imensa"!
Logo depois do Carnaval o vermelhinho (meu lap velho de guerra) deu pau e eu pirei tentando conectar e trabalhar pelas redondezas, mas a Internet Livre do Sesc Ipiranga foi pro brejo, no CEU Meninos a atendente deu aquelas justificativas para crianças de 5 anos pq não dava para acessar "pq não", no Telecentro da Biblioteca Castro Alves, onde só não li enciclopédia na minha infância, depois de uma hora nada do Gmail abrir... Ninguém pode dizer que não tentei né minha gente?
Por oferta da irmã japa fui emprestar o note branquinho dela e trabalhei uma noite por lá. Levei recheio para os pastéis assados: palmito, azeitona, cogumelo, que ela completou com carne de soja e ficamos assim, fazendo gracinha para a câmera mequetrefe do meu celular (ai que saudades da minha Kodak digital, mas terça eu compro um cartão de memória para a bichinha!).
Preciso falar que dava para comer gemendo? Deve ser por isso que tiramos tanto "sarro fotográfico". Em tempo: o brinde era com vinho, embora ele não combine praticamente nada com xícaras (deixe eu fechar os próximos freelas para ver se não te dou umas taças, nipo falsificada - conhece alguma que não goste de sushi e sashimi? Prazer, essa aí).
Esta semana meu filho canino voltou para casa, que tenho guarda compartilhada com meus pais. Aí sim me apaixonei de vez por trabalho home office. Gente, apurar, escrever, estudar, divulgar ou prospectar  com lambida no pé do Bidu é tudo na vida de uma pessoa! Só não foi melhor pq teve dia em que a folha de seda que chamo de pele estava com os pés entupidos de machucados e aí, neste caso, machuca mesmo. Mas ontem o coitado passou mal no carro dos meus pais, quando ganhei uma carona para o metrô, agilizando o ensaio da contação de histórias árabe noturna. E eu tenho que ouvir que não cuido do bendito! Gosto de gente que por estar confortável financeiramente cutuca a gastrite de quem não está, achando que a pãodurice momentânea é um estado de espírito. Estou numa torcida organizada pelos futuros freelas para encher o tchobas da família de agrados e fazer os Mendonça e Machado ficarem bem pianinho, além de claro, fazer restituição de posse do meu cachorro, que fica em volta enquanto cozinho, digito, falo no telefone...
Fez lá uns dois xixis fora do lugar, mas se levarmos em consideração as horinhas que passei estudando, ensaiando, me apresentando, conhecendo eneagrama, indo ao RPG, à terapia... Ele até que foi bastante razoável.

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