sexta-feira, 12 de abril de 2013

A cozinha da pressa

Depois de 2192138 meses que fui à nutricionista resolvi (quase) seguir a recomendação dela. É que os exames deram tudo bem (em termos), então segui tocando meu instintivo método de naturebice alimentar. Tinha um colesterol lá não muito simpático, mas aí cortei a batata e a empada na rua e recentemente soube que meu hábito de cozinhar com azeite é outro veneno (tem que ser óleo... Ai que saudades do de coco). Só que depois a gineco disse que estava acima, mas ainda dentro do limite e a gente volta a abusar mais um pouco. Talvez se tivessem dito que ia ter anemia, que faltavam mil coisas, fosse mais religiosa com as propostas dela. Mas também não é nenhuma pechincha ser semi vegana só freelando (atenção jornaloucos e atormentados: escrevo, apuro, divulgo, entrevisto, produzo, atualizo mídias sociais e conto histórias personalizadas! Dá só uma espiadinha...).
Tinha uma sugestão entre as receitas que ganhei no Promove da São Camilo de strogonoff vegano. Fiz um meio na raça um tempão atrás na minha mãe (ouvindo do meu pai que com a pouca carne e muito hormônio do frango ficaria beeeem melhor - só que ele nem experimentou). Desta vez acho que foi vegano, se não me escapou nenhum detalhe: umas folhas de espinafre, molho de tomate, abobrinha, molho tarê, meia dúzia de fatias de berinjela (me falaram que controla o colesterol), mostarda, seis fatias de cenoura, molho shoyo, uma colher de cogumelo fatiado, manjericão, uma colher de azeitonas, ervas finas, um palmito fatiado, zathar, uma colher de purê em pó, cebola em flocos, uma colher de cuscuz, uma pitada de alho desidratado, uma colher de farinha de milho, um pouco do caldo de peixe em pó, uma colher de chia, outra de amaranto, umas oito colheres do creme vegetal para cozinhar (o creme "de leite" falsiê de soja) e outras quatro de leite de soja. Misturei, lavei a louça, coloquei no escorredor, guardei aquele monte de ingrediente espalhado pela pia e bancada, vigiei, experimentei e eis que ficou pronto o strogô suruba veg. Como diria meu colega, só faltei por a mãe na panela. É o que está à esquerda da foto. O outro é o arroz com batata, soja e toda a Santa Ceia do armário e geladeira requentado.
Adoro receitas meta tudo em fogo baixo e aguarde. Não está nem aqueles pratos indianos cover de tanto tempero e nem sabor canto de mesa. Deu um meio termo bom. As casquinhas pra lá do prato são do pistache que segurou a onda da fome enquanto não ficava pronto. O caderninho de anotações e lápis do Mickey já servem aos delírios literários (ontem por exemplo fiz uma lição do curso do Museu Lasar Segall no café da manhã, mas levarei mesmo pra aula a que refiz hoje a caminho da acupuntura - achei que ficou legal, mas impublicável, precisa ser mais exibicionista que meu ascendente Leão consegue). E o caminho de rato de cravo é para dar perdido nas formigas, que geralmente me levantam com o grito de guerra "eia eia hô". Estou devendo uma degustação ao menos para os mais chegados e a família... Até lá faço a escolha de Sofia do que mais gostei.

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