quarta-feira, 19 de junho de 2013

Experimentações gourmet recentes

Estou em dívida com minha cozinha e o blog. Minha culpa, minha máxima culpa! Fazer igual mãe: dar as boas novas antes das más. O bolo de saquinho diet ou light que compro no Armazém Paulista da Zona Cerealista deu certo customizado neste finde: ao invés de água, suco de laranja com casca (isso já é palpite da amiga diarista com quem amodoro cozinhar), meia banana no lugar do ovo para dar liga (que desta fruta no geral gosto só dela mesma e não de seus doces melados), acrescentei 1/3 de colher de chá de canela na esperança de que seu Benedonça (meu pai garoto enxaqueca reclamão) experimentasse pois vive reclamando que tem demais este ingrediente em tudo que é doce que faço, embora jure de pé junto por só esta medidinha aí de nada (que seria da ironia dos Mendonça sem nos alfinetar? Ele o fez por dois dias seguidos no final de semana), uma colher da Nutella genérica (tem cacau e avelã, só dispensa o leite) e na hora de untar a forma usei leite de coco, que estou igual baiana, metendo ele em tudo que é receita. Deve ter dado certo, pois levei para a festa junina vegetariana (que de acordo com minha tia, só eu arrumo uma tão alternativa) lá da escola de yoga da minha amiga e nem o plástico em que foi posto na mesa foi encontrado para voltar ao meu apê no fim. Foi uma delicinha aquele quentinho de bolo na mão sábado à noite naquela friaca toda digna desta festa. Adorei tomar banho de cheiro de fogueira, só não sabia que ela podia arder os olhos e no dia seguinte mesmo depois de me lavar e besuntar com desodorante, hidratante, cremes 1 e 2 para o cabelo ainda sentia o aroma dela enfronhado em mim (ok, que nariz maaaala). Sou boa em bolos, mas uma negação em pães, quem sabe um dia supere isso e descubra o mistério de Fátima de acertá-lo?
No outro dia tive uns cinco minutos de fazer esta torta adaptada na minha irmã postiça que ainda está de molho. Tá certo que vivo trocando legumes e temperos dos ingredientes recomendados online, mas domingo eu chutei o balde. Depois da coisa já em andamento, não encontrávamos o fermento, quando achamos ela quis testar na água, mas não estava "dando no couro" e ainda assim coloquei um pouco botando fé de que quando acreditamos funciona. Depois ela também achou que maisena daria liga (bem, mas o fermento não é exayamente para isso). No lugar do palmito, cogumelo e azeitona incluí berinjela, cenoura e alcaparra. Fora que os temperos são da cestinha dela e não conheço como os meus, só fui colocando uma pitadinha de nada no liquidificador junto com a massa, já que quando fritei o recheio errei na mão e tive que lavá-los, pois ela não ia comer com aquela overdose de pimenta (não entendo pq quem não se dá com ela a tem entre seus potinhos, mas tudo bem). Está sem foto pois quando estava no forno, saí correndo para encontrar outros amigos e ir ao teatro. Ela disse que ficou comível e ainda tenho que passar lá para pegar os legumes, que estão me esperando desde domingo depois de pegar o fim da feira baratinho perto de casa (pois tem coisas que só a periferia faz por você) e ir almoçar com ela. Descobri ainda que post it é utensílio de primeira necessidade na cozinha: facilita conferir a receita na parede.
Legal mesmo era minha reinvenção de bebida cedinho: café (devido ao vício de lembrar da máquina em que meu avô trabalhava cento e cinquenta anos atrás no norte do Paraná), mais suco de maracujá (para quem sabe me deixar menos elétrica), açúcar mascavo (para quebrar o azedo da fruta) e canela. Sem imagem pois estava sonada demais para lembrar de registrar este furdunço líquido.
Bom mesmo foi o arroz integral que minha segunda mãe (disfarçada de diarista) me fez com brócolis, mas este acho uma receita "a prova de atrapalhada", Deus e o mundo faz, daí não fazia muito sentido registrar. E faço finalmente a justa homenagem ao omelete da dona Sandra, que nos abastece aqui na firma e "nunca antes na história deste país" comi um que parecesse uma panqueca, já que ela bate tudo separadinho, nem minha madrinha faz tão artesanal assim e ainda põe farinha de trigo para dar liga ou cumprir sei lá que função. Pensa o que? Baiana também é porreta com ovo, embora eu diga que para mim "qualquer nota" tá valendo no lugar da carne. Só para constar, afofei. Já estou ganhando lugar de grávida no transporte público. Espero que seja só gentileza do povo que me vê carregada de sacola. Só me falta ter que voltar  avisar que é só gostosura em 3D e não bebê a caminho, como uns aninhos atrás. E bate na madeira, só para garantir!



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