sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Cozinha passional

Ando meio relapsa com a cozinha. É que estou insuportavelmente feliz: com profissão, namorado e cabelo novos. Então o básico - comer, correr atrás de exame, dentista, escrever peça, procurar frela, desanda mesmo. Não consigo saber o que por na frente, Começo milhões de coisas e termino uma merreca. Como diz meu amigo "jornalêro", sou boa de iniciativa e ruim de terminativa.
Mas como sou sagitariana, também sou esperançosa sem noção. E empolgadinha com o fófis novo, a cozinha já começou a sentir a diferença: fiz cuscuz italiano (da zona cerealista, cozinha tão rápido e nem precisa da cuscuzeira, que não tenho mesmo), com legumes: ponho tomate, azeitona, palmito... Agora não lembro se foi possível ressuscitar a abobrinha e mais algum outro legume ou vegetal. Viajei com meus pais pra comemorar que "concursei" e um montão de coisas estragaram infelizmente. Mas o neguinho aprovou ou foi gentil por também estar empolgado rs
A última invenção doce foi inspirada na pegada Motainai da Tiemi Yamashita, do não desperdício que provavelmente os japoneses implantaram no pós guerra e fiz... Tchan, tchan, tchan, tchan! Tapioca com leite de coco e tâmaras! Ela quebrou inteira, talvez por pouco pozinho ou por eu ser desastrada mesmo, mas estava boa mesmo assim e olha que sou exigente pra daná comigo, raramente curto minhas invencionices.
Não, não tem foto. A primeira por estar praticando culinária passional, que a gente meio que enreda o outro no que sabe fazer bem, então cisma que quebrará o clima bancar a fotojornalista. E a segunda por ter olhado pra tapioquinha e ela desmanchar em sete mil pedacinhos. Se algum leitor precisar de detalhes sórdidos das receitas, me pede no Face Francine de Mendonça, pois é quase como um transe: a gente entra num espaço de criação e deleite, que é dificultoso memorizar detalhes e reproduzir depois. Embarca você também na cozinha passional que é o maior barato de cara limpa que conheço.